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73 superstições e crendices populares brasileiras

No Brasil, as superstições e crendices populares fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas. Elas surgem de uma mistura de culturas, indígena, africana e europeia, e se perpetuam de geração em geração.

Quem nunca ouviu “bate na madeira três vezes” ou “não passa debaixo da escada”?

Neste artigo, você vai conhecer uma lista extensa com as superstições e crendices populares brasileiras, entender suas origens, os significados por trás de cada uma e por que ainda acreditamos nelas em pleno século XXI.

O que são superstições e crendices populares?

As superstições e crendices populares são crenças enraizadas em tradições culturais, religiosas e emocionais, que atribuem a determinados gestos, objetos, símbolos ou eventos uma influência direta sobre a sorte, o destino ou acontecimentos futuros, geralmente sem qualquer comprovação científica.

Essas crenças são transmitidas de geração em geração, muitas vezes com variações regionais, e refletem a tentativa humana de compreender e controlar o desconhecido, atribuindo sentido a coincidências ou situações aleatórias.

Embora muitas superstições pareçam inofensivas ou até curiosas, elas desempenham um papel importante na formação da identidade cultural de diferentes comunidades, e continuam influenciando comportamentos no dia a dia, especialmente em momentos de incerteza ou decisão.

73 superstições e crendices populares mais conhecidas no Brasil

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  1. Chinelo virado dá azar ou pode até causar a morte da mãe.
  2. Andar de costas pode chamar a morte.
  3. Derramar sal? Jogue um punhado sobre o ombro esquerdo para afastar o azar e olho gordo.
  4. Tomar manga com leite pode ser fatal.
  5. Fazer careta com vento no rosto pode deixar o rosto torto para sempre.
  6. Varrer o pé de alguém impede o casamento.
  7. Comer o último pedaço de comida atrai solteirice.
  8. Palma da mão coçando é sinal de dinheiro chegando.
  9. Orelha quente é sinal de que estão falando de você.
  10. Abrir guarda-chuva dentro de casa traz azar.
  11. Bater três vezes na madeira afasta o azar.
  12. Cubra os espelhos durante tempestades: eles atraem raios.
  13. Colocar uma vassoura atrás da porta espanta visitas indesejadas.
  14. Visita que entra por uma porta e sai por outra nunca mais volta.
  15. Tomar café no sol ou pisar no chão frio após o banho entorta a boca.
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  1. Apontar para as estrelas pode causar verruga no dedo.
  2. Verruga? Passe toucinho nela e enterre no formigueiro.
  3. Chiclete engolido gruda no estômago.
  4. Mulher menstruada não pode lavar o cabelo.
  5. Ler no escuro estraga a visão.
  6. Cortar unhas à noite atrai maus espíritos.
  7. Pimenta afasta mau olhado.

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  1. Assobiar à noite atrai cobras.
  2. Bolsa no chão chama pobreza.
  3. Rabo de gato preto cura dor de ouvido.
  4. Quem brinca com fogo faz xixi na cama.
  5. Pular alguém impede que essa pessoa cresça.
  6. Pintinho piando na boca de bebê ajuda-o a falar.
  7. Comer direto da panela traz chuva no casamento.
  8. Comer bananas grudadas gera gêmeos.
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  1. Para encontrar algo perdido, ofereça três pulinhos para São Longuinho.
  2. Quebrar espelho dá sete anos de azar.
  3. Aranhas e grilos em casa trazem sorte.
  4. Brindar com o copo vazio da azar.
  5. Três velas acesas no quarto pressagiam morte.
  6. Comece o dia com o pé direito para ter sorte.
  7. Já levantar com o pé esquerdo estraga o dia.

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  1. Meia do avesso indica boa notícia chegando.
  2. Borboletas trazem sorte.
  3. Gato preto dá azar (vamos deixar essa na Idade Média, veja como eles são adoráveis).
  4. Número 13 traz má sorte.
  5. Sal grosso elimina a energia negativa do ambiente.
  6. Varrer a casa à noite traz más energias.
  7. Passar sob arco-íris muda o seu gênero.
  8. Viu uma estrela cadente? Faça um pedido.
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  1. Buda sobre moedas atrai prosperidade.
  2. Elefante virado de costas para a porta atrai sorte e prosperidade.
  3. Gestação: barriga pontuda = menino; redonda = menina.
  4. Dormir de barriga para cima causa pesadelos.
  5. Faça um pedido ao assoprar as velas de aniversário.
  6. Passar embaixo da escada dá azar.
  7. Pão virado para ao contrário chama miséria.
  8. Emprestar sal atrai má sorte.
  9. Bebê que se olha no espelho demora a falar.
  10. Jogar dente de leite no telhado faz nascer outro forte.
  11. Galo cantando fora de hora prenuncia morte.
  12. Acauã no galho seco: traz época de seca. No verde: atrai chuva.
  13. Galinha cantando igual galo traz mau agouro.
  14. Cruzar as mãos na nuca mata os pais.
  15. Para matar uma cobra e ela não fugir, dê um nó na camisa.
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  1. Coloque uma semente de melancia na testa e faça um desejo antes que ela caia.
  2. No final do arco-íris tem um pote de ouro.
  3. Ovo no telhado para Santa Clara acaba com a chuva.
  4. Criança que pula janela vira ladrão.
  5. Beija-flor entrando em casa traz boas notícias.
  6. Mulher passar por cima da vara de pescar dá azar na pescaria.
  7. Casa de marimbondo em casa traz sorte e purifica energeticamente o ambiente.

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  1. Pé de coelho atrai sorte.
  2. Jamais presenteie alguém com número par de flores, pois são adequadas apenas a velórios.
  3. Colocar moeda dentro do sapato dá sorte e atrai riqueza.
  4. Não lave roupa em sexta-feira Santa.
  5. Ouvir coruja à noite é mau presságio.
  6. Sempre que der um espirro, diga: “Saúde!” para afastar o mal.
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Por que acreditamos em superstições e crendices populares?

As superstições fazem parte do cotidiano de muitas pessoas, influenciando comportamentos e decisões. Mas por que, mesmo sem evidências científicas, continuamos a acreditar nelas? A psicologia oferece algumas explicações para esse fenômeno.

Segundo o psicólogo comportamental Stuart Vyse, as superstições surgem como uma tentativa de exercer controle sobre situações incertas ou importantes, como entrevistas de emprego ou eventos familiares significativos. Nessas circunstâncias, rituais e amuletos proporcionam uma sensação de alívio e conforto, mesmo que não tenham efeito real sobre o resultado.

Nesse contexto, o pensamento mágico desempenha um papel crucial. Esse tipo de raciocínio estabelece conexões causais entre eventos não relacionados, como acreditar que um determinado gesto pode influenciar o sucesso em uma tarefa.

Outro fator é o viés de confirmação, onde tendemos a lembrar apenas das ocasiões em que a superstição “funcionou”, ignorando as vezes em que não teve efeito. Esse viés reforça a crença na eficácia de rituais e amuletos, perpetuando as superstições ao longo do tempo.

As superstições persistem porque oferecem uma sensação de controle em situações incertas, são reforçadas por padrões de pensamento que buscam associações causais e são mantidas por vieses cognitivos que favorecem a confirmação de crenças pré-existentes.

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Perguntas frequentes sobre superstições e crendices populares

O que são superstições?

Superstições são crenças populares que atribuem a determinados gestos, objetos, palavras ou eventos a capacidade de influenciar a sorte, o destino ou acontecimentos futuros, mesmo sem qualquer comprovação científica. Elas geralmente têm origem em tradições culturais, religiosas ou folclóricas e se mantêm vivas na sociedade por meio da repetição e transmissão oral, servindo como forma de lidar com o medo, a incerteza ou o desejo de proteção.

O que são crendices populares?

Crendices populares são práticas e hábitos enraizados na cultura de um povo, geralmente repassados de geração em geração por meio da oralidade. Muitas vezes regionais, essas crenças envolvem explicações simbólicas para fenômenos cotidianos, comportamentos ou costumes e estão fortemente ligadas ao imaginário coletivo. Embora não tenham base científica, as crendices refletem a visão de mundo de diferentes comunidades e ajudam a manter vivas tradições culturais.

Todas as superstições são negativas?

Não. Embora muitas superstições estejam relacionadas ao medo de atrair azar ou evitar desgraças, outras têm conotações positivas e são praticadas com o objetivo de atrair sorte, proteção ou prosperidade. Exemplos disso incluem colocar moeda dentro do sapato, fazer um pedido a uma estrela cadente e carregar amuletos, como o pé de coelho.

Superstições têm base religiosa?

Algumas superstições têm, sim, forte ligação com práticas religiosas ou espiritualidade. É o caso de crenças relacionadas a santos, promessas, benzimentos, entre outras. No entanto, muitas superstições também surgem de tradições pagãs, mitos folclóricos ou explicações mágicas do cotidiano, que foram incorporadas à cultura popular de forma independente da religião institucionalizada. Isso mostra como o imaginário coletivo mistura fé, história e tradição.

É errado acreditar em superstições?

Não necessariamente. Acreditar em superstições não é um erro, desde que essas crenças não causem prejuízos a si mesmo ou aos outros. Pelo contrário, em muitos casos, elas cumprem uma função emocional importante, proporcionando conforto, segurança e até alívio psicológico em momentos de incerteza. Além disso, fazem parte do patrimônio cultural de muitos povos e contribuem para a identidade e memória coletiva de uma sociedade.

Superstições e crendices populares ainda fazem sentido?

Mesmo em um mundo cada vez mais guiado pela ciência e tecnologia, as superstições e crendices populares continuam vivas e influentes no dia a dia de milhões de brasileiros. Elas não apenas refletem a rica mistura de culturas que formam a identidade do nosso país, como também cumprem uma função emocional importante: aliviar ansiedades, explicar o inexplicável e oferecer um senso de controle sobre a vida.

Do “pé direito” ao sal grosso, do chinelo virado ao São Longuinho, essas crenças são passadas de geração em geração, muitas vezes de forma leve e bem-humorada, mas com raízes profundas na história e na psicologia humana.

Entender por que acreditamos nessas práticas e como elas moldam nosso comportamento é também uma forma de conhecer melhor quem somos enquanto povo e cultura.

Se tem superstição, tem história. E, em muitos casos, também tem afeto, tradição e um pouco de poesia no modo como enxergamos o mundo.

Autor

  • 73 superstições e crendices populares brasileiras 73 superstições e crendices populares brasileiras, veja por que acreditamos nelas e conheça exemplos curiosos que ainda influenciam nosso dia a dia.

    É Administradora e pós-graduada em Gestão de Talentos e Carreiras, com quase uma década de experiência em Gestão de Pessoas. Essa vivência profissional a impulsionou a uma profunda curiosidade pelas dinâmicas humanas e pelo impacto da comunicação, do humor e da memória afetiva em nosso dia a dia. Apaixonada por desvendar o poder das palavras e dos pequenos gestos, dedica-se a compartilhar insights valiosos, mensagens inspiradoras e curiosidades que enriquecem a vida e as conexões humanas.

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